Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u406291.shtml
Um ex-funcionário da Siemens declarou hoje, na audiência do caso em que a companhia é julgada por corrupção, que a direção do grupo alemão sabia do pagamento de subornos.
No segundo dia do julgamento, que está sendo realizado em Munique, o antigo empregado confirmou os pagamentos irregulares e disse que os subornos de 30% do valor dos contratos eram uma prática comum na empresa.
O antigo diretor da divisão de Redes Fixas da Siemens, Reinhard S., acusado em 58 casos de desfalque na companhia, admitiu na segunda-feira as acusações nos casos de corrupção no consórcio tecnológico alemão.
Reinhard S. explicou que, com a anuência da direção dessa área, criou um sistema mediante o qual foram empregados 53 milhões de euros do orçamento da Siemens para o pagamento de subornos.
Desde o fim de 2006, a Promotoria de Munique investiga pagamentos irregulares realizados pela Siemens no valor de 1,3 bilhão de euros.
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quarta-feira, 28 de maio de 2008
Exemplo de má Governança Corporativa (caso Siemens)
terça-feira, 20 de maio de 2008
Metodologia avalia ativos intangíveis
São Paulo, 14 de Maio de 2008 - Construir uma reputação não é uma coisa simples. Quem consegue fazê-lo sabe muito bem quanto uma boa reputação é importante para proteger o valor da companhia, quando não até para gerar valor. Recentemente, a reputação de empresa sustentável evitou que uma importante fabricante de cosméticos fosse bombardeada pela mídia, quando foi acusada de apropriação indébita de conhecimento. A reputação é um dos chamados intangíveis, ativos que constituem o valor econômico de uma companhia e que não entra no valor contábil (patrimônio, receitas, lucro).
Os intangíveis terão que ser incluídos nas demonstrações contábeis das companhias que precisam adequar-se ao padrão internacional, IFRS (International Financial Reporting Standards) ou adaptar-se às normas de convergência da contabilidade brasileira determinada pela Lei 11.638, sancionada em dezembro do ano passado. Até 2010 todas as companhias abertas terão que adequar suas demonstrações contábeis ao padrão internacional IFRS. Já as empresas de capital fechado de grande porte (com ativos acima de R$ 240 milhões ou receita bruta superior a R$ 300 milhões) terão que se adptar ao padrão previsto pela lei de convergência .Consultores e auditores acreditam, no entanto, que a tendência é que as companhias de grande porte acabem optando por adotar o padrão IFRS.
Em ambos os casos, as companhias terão que adotar metodologias para identificar seus ativos intangíveis, afirma Daniel Domeneghetti, principal executivo da consultoria Dom Strategy Partners. "Os valores tangíveis são facilmente copiáveis, enquanto que os intangíveis, como por exemplo a abordagem de marca (branding) e a gestão de talentos, fazem diferença no valor econômico da empresa. O intangível gera valor e não resultado", conta.
Embora o IFRS adote outra terminologia, na prática eqüivale a metodologia IAM (Intangible Assets Management) utilizada pela Dom, para a identificação, a medição e gestão de intangíveis. "Com a metodologia identificamos 83 ativos intangíveis possíveis, a partir de três tipos de análises: setor de atuação, estratégia e conjuntura da empresa."
Também foram identificados duas classes de ativos: de geração de valor e de proteção de valor. A marca, por exemplo, é um ativo de geração de valor, enquanto a segurança da informação, as práticas de governança corporativa, são proteção de valor. A classificação, porém, não é estanque e varia de acordo com o lugar de atuação da empresa e suas próprias características. É o caso da sustentabilidade ambiental, que pode ser um ativo de proteção de valor ou de geração de valor, conforme o caso. Se uma empresa atua num setor de alto impacto ambiental, mas o consumidor paga mais por seus produtos, a sustentabilidade pode ser um intangível de geração de valor. "Isso acontece na Europa, por exemplo." No Brasil, a sustentabilidade ainda é mais de proteção de valor", diz o consultor.
83 intangíveis
O IMA relaciona os 83 intangíveis por quatro tipos de capital - institucional, intelectual, de relacionamento e organizacional. Isso permite que a empresa tenha um custo benefício eficiente na gestão desses ativos. Até agora as empresas encaravam a gestão de seus ativos intangíveis como algo etéreo e pouco estruturado, portanto, secundário. Como os balanços atuais não discriminam os intangíveis como ativos de valor, os mesmos acabam sendo alocados como despesas ou custos nestes balanços.
Na avaliação de Domeneghetti essa situação cria uma efeito nefasto. "A empresa acaba se tornando refém da gestão de resultados de curto prazo, aniquilando importantes investimentos naqueles projetos ligados a ativos relevantes à sua competitividade de médio e longo prazos, tais como inovação, conhecimento, branding, sustentabilidade, qualidade, treinamento", afirma.
Software corporativo
A metodologia IAM, diz o consultor Domeneghetti, foi intensamente debatida nos âmbitos acadêmicos e atualmente encontra-se em implementação em 17 das 500 maiores companhias do país. Ela permite que se construam com os intangíveis verdadeiros "software corporativo".
Esses softwares são adaptáveis e mudam conforme as necessidades das empresas para avaliar qual o intangível em que precisa focar mais os seus esforços. Os exemplos são vários. No setor de telecomunicações, comenta o consultor, a inteligência jurídica é atualmente um importante intangível. "O setor é muito regulamentado; é ameaçado pelo movimento de convergência entre as empresas de tecnologia da informação e internet. É muito importante saber quem pode fazer o que e onde há brechas que permitiram a atuação da empresa".
No setor de supermercados, abordagem da marca é fundamental. Num setor maduro como o de metalurgia, o ativo barganha com fornecedores e muito importante. No de papel e celulose, a sustentabilidade é o ativo um intangível de grande relevância; no de bancos é o de relacionamento com clientes, enquanto no farmacêutico a inovação tem grande importância, afirma o consultor.
A Dom é a primeira consultoria focada em estratégia corporativa 100% nacional. Pertencente à Holding ECC, também proprietária da E-Consulting Corp. A consultoria oferece serviços como planejamento estratégico, gestão de ativos intangíveis, gestão do conhecimento.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)
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CVM reforça que ajuste à lei contábil vale já neste trimestre
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reforçou ontem ao mercado, por meio de comunicado, que as regras descritas na Instrução nº 469, editada no dia 2 deste mês, valem sim para as Informações Trimestrais (ITRs) do período de janeiro a março deste ano. A instrução trata dos ajustes que devem ser feitos pelas companhias para adaptação à nova lei contábil, a 11.638/07.
Isso significa que os ITRs das empresas que divulgaram balanço na semana passada ou que ainda vão publicar seus resultados referentes ao primeiro trimestre precisam cumprir as determinações previstas na norma. Segundo a CVM, o comunicado de esclarecimento foi necessário diante da dúvida de alguns agentes sobre a data de vigência das novas obrigações.
No texto da Instrução nº 469, a autarquia dá duas opções para as empresas. Uma é publicar o balanço cumprindo completamente as medidas previstas na lei 11.638/07. A segunda opção permite que as empresas publiquem o balanço pela norma antiga, mas pede uma estimava sobre o impacto da nova lei no resultado e no patrimônio da companhia.
Fonte: www.valor.com.br
Fernando Torres, Valor Online, de São Paulo
13/05/2008
A CVM posteriormente publicou uma nota explicativa para melhor detalhar a Instrução nº 469. Clique aqui!
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segunda-feira, 19 de maio de 2008
O que é o COSO?
Fontes:
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabilidade_internacional-coso
http://www.coso.org/
Em 1985, foi criada, nos Estados Unidos, a National Commission on Fraudulent Financial Reporting (Comissão Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros), uma iniciativa independente, para estudar as causas da ocorrência de fraudes em relatórios financeiros/contábeis. Esta comissão era composta por representantes das principais associações de classe de profissionais ligados à área financeira. Seu primeiro objeto de estudo foram os controles internos. Em 1992 publicaram o trabalho: Internal Control - Integrated Framework (Controles Internos – Um Modelo Integrado). Esta publicação tornou-se referência mundial para o estudo e aplicação dos controles internos, e é a base que fundamenta o presente texto.
Posteriormente a Comissão transformou-se em Comitê, que passou a ser conhecido como COSO – The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission(Comitê das Organizações Patrocinadoras do Treadway). O COSO é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa. É patrocinado por cinco das principais associações de classe de profissionais ligados à área financeira nos Estados Unidos, a saber:
AICPA: American Institute of Certified Public Accounts - Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados
AAA: American Accounting Association - Associação Americana de Contadores
FEI: Financial Executives Internacional - Executivos Financeiros
IIA: The Insititute of Internal Auditors - Instituto dos Auditores
IMA: Institute of Management Accountants- Instituto dos Contadores Gerenciais
O Comitê trabalha com independência, em relação a suas entidades patrocinadoras. Seus integrantes são representantes da indústria, dos contadores, das empresas de investimento e da Bolsa de Valores de Nova York. O primeiro presidente foi James C. Treadway, de onde veio o nome Treadway Comission.
Para mais informação:
http://www.coso.org/Publications/erm/COSO_ERM_ExecutiveSummary_Portuguese.pdf
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domingo, 18 de maio de 2008
Lei 11.638/07 - Pontos Principais
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